05 julho 2017

Coisas que aprendi no 10º ano

Olá Lovers! Estava sentada a olhar pela janela do meu quarto quando comecei a pensar em muitas coisas que me tinham acontecido este ano e como este passou a voar! A sério, ainda me custa acreditar que já estamos em julho e que eu já estou de férias à quase três semanas. Posto isto, pensei: porque não fazer um post a falar um bocadinho sobre esta primeira etapa do secundário? So, aqui estou eu a escrever este post.

1. Primeiro de tudo, no 10º ano aprendi que já temos de ter ideia do que queremos fazer no futuro. Aliás, isto nem é no 10º ano em si, mas sim nas férias que o antecedem. Porque é já nesse ano que decidimos um curso que gostamos, que tenha a ver connosco. Eu, por exemplo, estou em Línguas e Humanidades porque sei que no meu futuro quero fazer algo ligado à comunicação e à escrita. Mas também sei que muitas das pessoas no 10º ano ainda não tem ideia do querem fazer da vida, por isso, o meu conselho é: antes de escolherem o vosso curso, pesquisem um bocadinho sobre todos os cursos e o que cada um tem para oferecer e escolham aquele que realmente gostam e tem a ver convosco! Não escolham algo só porque o vosso amigo vai lá estar, ou porque é o curso com mais saídas a nível profissional. Escolham aquele em que vocês se encaixam, aquele que vos faça levantar de manhã com vontade de aprender algo novo e de estarem mais perto de realizarem a vossa ambição profissional;

2. Foi também este ano que me tornei "mais adulta". Entre aspas porque ainda sou adolescente, se tivermos em consideração o sentido literal da palavra. Sinto que este ano me fez crescer, pelo menos como pessoa (porque fisicamente não tenho lá muita sorte haha). Talvez o facto de ter ido para uma escola onde não tinha qualquer amigo próximo, apenas alguns conhecidos, tenha ajudado. Sou uma pessoa tímida por natureza, é talvez o defeito que menos gosto em mim e que adorava não ter. Deste modo, fui "obrigada" a socializar com pessoas que me eram estranhas. Mas, como diria Fernando Pessoa: primeiro estranha-se, depois entranha-se. E assim aconteceu. Mas, o que tem isto da amizade a ver com tornar-me "mais adulta"? Tem muito, pois nos primeiros dias tive de aprender a relacionar-me com as pessoas (acreditem, eu sou péssima a falar com pessoas desconhecidas, shame on me), e tive também de aprender a virar-me sozinha, sem estar há espera daquela amiga para fazer algo. Posto isto, vamos então falar da independência que eu tive de adquirir;

3. No 10º ano tornei-me mais independente. Fui praticamente obrigada a tornar-me independente. Estava habituada a ser deixada pelos meus pais à porta de escola onde estudava antes de ter ido para o secundário. No final das aulas, ia também de carro embora. Entrava nas aulas de manhã, saía ao final da tarde. Tudo normal. Mas, no 10º ano, as coisas mudaram, e muito. Tive de mudar de escola e, consequentemente, tive de começar a andar nos transportes públicos. Aí a coisa complicou. Odeio andar de autocarro (alguém gosta?) e para além de ter de andar de autocarro ainda tinha de andar mais cerca de 10 minutos a pé até chegar à escola. Mas pior ainda que ter de ir para a escola de transportes públicos, é ter de vir embora nos mesmos. O meu horário no 10º ano foi muito diferente do do 9º ano. Para terem uma ideia, no 9º ano entrava às 8h30 e saía às 16h45, exceto às quartas que saía às 13h. No 10º ano entrava às 8h20 e saía às 13h15, exceto à quarta, que saía às 18h25. Ora, no 10º ano, saía praticamente todos dos dias em plena hora de almoço. O problema era exatamente esse. Tinha duas opções: ou almoçava na escola e só vinha embora a partir das 15h ou almoçava em casa e vinha embora às 14h. Dada a minha esquisitice com a comida, preferi a segunda opção. Isto fez com que, só de manhã, tivesse de fazer três lanches (excluindo o pequeno almoço) e tivesse de almoçar a partir das 15h. Por isso, todos os dias, eu tinha de preparar os meus lanches para o dia seguinte, tinha de ir de autocarro até à cidade e a pé para a escola, tinha de vir embora de autocarro, fazer o meu almoço e almoçar a partir 15h. Para muitos, isto já deve o pão nosso de cada dia, mas, para mim, foi tudo (ou quase tudo) uma novidade. No final de contas, tive de crescer e de aprender a tratar das minhas coisas sem estar há espera de alguém que mas fizesse. I´m proud of myself.

4. Outra coisa que aprendi este ano e que não é de todo óbvia é que o secundário não é para brincadeiras. Se até ao 9º ano achava aquilo tudo fácil, este ano já não pude dizer o mesmo. As disciplinas são outras, a carga horária é outra, os trabalhos são mais exigentes e a pressão é maior (não fosse a média do 10º ano contar para a média final de acesso ao ensino superior). Mas, o importante é manter a calma e encarar este ano como uma nova etapa, mais exigente, é certo, mas mais entusiasmante, com novos obstáculos e novas oportunidades de mostrarmos o nosso melhor. Porque, work hard pays off.


Resumindo, no secundário é preciso crescer como pessoas, amadurecer e tornar-mo-nos mais autónomos, afinal, daqui a uns anos já seremos oficialmente chamados de adultos. Mas acima de tudo, é importante sermos nós mesmos e dar sempre o nosso melhor em tudo o que fazemos.



Que lições tiraram do vosso 10º ano?

Beijinhos ♥

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